CGE-SC comemora 5 anos e reúne referências em controle interno
Fotos: Roberto Zacarias/Secom
A Controladoria-Geral do Estado de Santa Catarina completou 5 anos na última quarta-feira, 12 de junho, em evento que contou com referências nacionais na área de controle interno. Em pauta, o papel das controladorias, a gestão de risco em contratos, os programas de integridade e o uso de dados e de inteligência artificial no controle.
O controlador-geral Marcio Cassol fez um relato da trajetória de 5 anos da CGE-SC, ressaltando marcos inéditos como o primeiro acordo de leniência e o primeiro plano de integridade do Estado de Santa Catarina, lançados no período. O auditor também destacou os resultados do órgão. “Nestes 5 anos, alcançamos R$ 1 bilhão em benefícios aos cofres públicos com trabalhos de auditoria, mas o maior benefício não é medido em reais e sim no valor agregado à gestão.”
O presidente do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo (Secont/ES), Edmar Camata, abriu a sessão de palestras falando sobre o papel do controle interno na gestão pública. Ele apresentou a transformação do controle ao longo dos últimos anos e destacou: “As auditorias hoje estão buscando respostas para questões que estão no prato do dia do gestor”.
A gestão de riscos nas contratações públicas foi abordada pelo auditor Sérgio Filgueiras, coordenador-geral de Métodos, Capacitação e Qualidade da Secretaria Federal de Controle da Controladoria-Geral da União (CGU). Ele falou da atuação do controle interno no gerenciamento e controle de potenciais ameaças ao desempenho da instituição para garantir o cumprimento das metas, mas ressaltou: “o controle deve ser proporcional ao risco”.
Autor do livro Compliance e Integridade no Setor Público e Privado, o professor Francisco Netto listou as razões para uma instituição investir em programas de integridade. Entre elas, destacou que todos os negócios, inclusive feitos pela gestão pública, dependem da confiança institucional. “O poder público é um dos maiores compradores e empregadores e ele não pode fomentar o mercado com condutas que não são compatíveis com boas práticas em integridade”.
A tecnologia e inovação entrou em pauta com a auditora Patrícia Moura, superintendente da CGU em Santa Catarina. Ela mostrou os principais sistemas tecnológicos da controladoria da União e destacou a necessidade de preparar os auditores para usar ciência de dados e inteligência artificial nas auditorias. “Vocês terão que auditar algoritmos? Vocês estão preparados? Meu conselho é que capacitem os auditores. Vocês vão ver que eles vão decolar”.