Os desafios e as perspectivas da gestão de riscos foram tema da 3ª reunião do Fórum de Integridade das Empresas Estatais de SC, coordenado pela Controladoria-Geral do Estado (CGE-SC). O encontro foi realizado na última sexta-feira, 21, no auditório da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). 

O assunto foi abordado pelo consultor Luiz Henrique Lobo, referência nacional em gestão de risco. Atualmente, ele é membro do Comitê Independente de Riscos e Capital do banco Caixa e de Auditoria da BR Partners.

Lobo falou da importância da promoção da integridade para o desempenho das organizações. Para ele, a integridade empresarial está diretamente relacionada ao risco reputacional da instituição, ou seja, à imagem que as pessoas têm da empresa. 

“Essa percepção é formada pelas experiências e informações sobre a conduta e o desempenho da organização. Quando uma empresa é vista como íntegra, é mais provável que atraia investidores e clientes. A falta dessa percepção pode levar à perda de confiança”. 

Entre os riscos de reputação, o consultor citou a exposição a escândalos, os litígios e as multas e a perda de valor de mercado. Para mitigar estes riscos, ele sugere quatro estratégias: implementação de programas de compliance, fortalecimento da cultura de integridade, investimentos em comunicação transparente e criação de canais de denúncia. 

Privado x Público

Para Lobo, o nível de maturidade na gestão de riscos ainda é bem maior no setor privado. “De uma forma geral, o setor público ainda tem uma visão muito básica e primária da gestão de riscos, fortemente orientada pela conformidade com regulamentações e leis específicas. A gestão de riscos não é uma burocracia, é um agregador de valor”, concluiu o especialista. 

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Cléia Schmitz

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Controladoria-Geral do Estado

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