A atuação da Controladoria-Geral do Estado gerou economia de cerca de R$ 140 milhões em benefícios financeiros aos cofres públicos em 2023. Grande parte desse valor é resultado de ações preventivas de revisão de editais, contratos e licitações, evitando o desembolso desnecessário de recursos. 

“Temos investido em tecnologia e inovação para apoiar o trabalho dos auditores. Com a ajuda de um robô, a Cintia, e de um painel de inteligência, nossa equipe consegue visualizar as compras do Estado de forma prévia à ocorrência da despesa, na fase anterior à publicação dos editais no Diário Oficial”, explica Marcio Cassol, controlador-geral do Estado. 

Segundo ele, o trabalho de um auditor é cuidadoso e exige do profissional se debruçar sobre editais, contratos e licitações. “A tecnologia ajuda muito, mas a análise das informações organizadas por máquinas requer trabalho cuidadoso de um auditor”, ressalta Cassol. 

Folha de pagamento

A CGE também fez grandes avanços em 2023 na consolidação da auditoria contínua da folha de pagamento, a maior despesa do Executivo, cerca de R$ 19,8 bilhões ao ano. A metodologia é baseada em trilhas de auditoria que automatizam processos. Atualmente, são 70 trilhas validadas. Desde o início do projeto piloto, em setembro de 2022, R$ 12 milhões foram recuperados para os cofres do Estado. 

“Essas trilhas rodam dentro de um sistema de comunicação que encaminha automaticamente as inconsistências nos contracheques ao setoriais de gestão de pessoas, permitindo uma melhor gestão dos problemas identificados. Nossa meta é chegar a 2026 com a análise de 100% das transações da folha de pagamento. Atualmente, o índice é de 55%”, afirma a Auditora-Geral Luciana Bernieri. 

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Cléia Schmitz
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