A Controladoria-Geral do Estado assinou um acordo de cooperação técnica com a Universidade Rutgers (EUA) para transferência de conhecimento tecnológico em auditoria contínua. O objetivo é ampliar o controle da folha de pagamento, a maior despesa do Governo do Estado – cerca de R$ 12,5 bilhões ao ano – evitando inconsistências e irregularidades no processamento. 

Por meio de auditorias prévias da folha, a Controladoria já evita desembolsos significativos para os cofres do Estado. Só nos três primeiros nove meses do ano, R$ 54,5 milhões deixaram de sair dos cofres do Estado. Com a parceria, a CGE quer aperfeiçoar os processos para detectar inconsistências a tempo de corrigi-las antes do pagamento, evitando processos morosos de ressarcimento. 

“Parcerias com instituições de referência como a Rutgers são fundamentais para que a CGE incorpore em seus processos conhecimentos e tecnologias de ponta, aprimorando o controle interno”, afirma o Controlador-Geral do Estado, Cristiano Socas da Silva. Atualmente, o controle da folha é baseado em amostragem, que pode deixar de identificar problemas relevantes. Há também defasagem entre a ocorrência e a detecção das inconsistências, comprometendo a correção dos dados e a recuperação de recursos. 

Pelo acordo, a Rutgers se compromete a disponibilizar e aplicar tecnologias de inteligência artificial e de análise de dados voltados para identificação de possíveis outliers (anomalias) na folha de pagamento. Em troca, recebe da CGE acesso a uma base de dados anonimizados (sem identificação de indivíduos) com fins exclusivos de estudo acadêmico e científico na área de auditoria contínua. A duração do acordo é de dois anos, podendo ser prorrogado para, no máximo, mais três anos. 

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Cléia Schmitz

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